A insulina é um hormônio produzido naturalmente no pâncreas e é essencial para o bom funcionamento do organismo, principalmente quando se trata de termos energia em doses equilibradas e suficientes para realizarmos atividades diárias — das básicas às mais intensas.

E não por menos: toda a glicose dos alimentos que ingerimos ao longo do dia só é devidamente processada por causa dessa substância, Graça a ela, usamos nossa energia na dose certa e, sem ela, podemos sofrer problemas muito sérios, especialmente a Diabetes.

Mas, assim como a falta desse hormônio pode ser muito prejudicial à nossa saúde, o excesso dele — conhecido como pico de insulina — também não é nada bom, pois traz sintomas que afetam a rotina e podem até causar condições sérias de saúde.

E para evitar esse problema, nada melhor do que conhecê-lo mais afundo, não é mesmo? Por isso, preparamos um conteúdo completo sobre o que é, sintomas, causas e como evitar o pico de insulina. Acompanhe a leitura para ficar por dentro!

O que é o pico de insulina?

O pico de insulina é um fenômeno onde o corpo produz e libera esse hormônio em quantidades muito maiores do que precisamos no momento. Ele normalmente acontece logo após fazermos alguma refeição e acontece da seguinte forma:

Quando comemos ou bebemos algo, esse alimento é “quebrado” no processo de digestão para poder se transformar em glicose. Assim que ela é liberada, o pâncreas recebe um sinal para produzir e mandar a insulina, responsável por abrir passagem para esse açúcar dentro das células, já que elas não conseguem fazer isso sozinhas — para, então, elas ganharem energia e realizarem suas funções diárias no nosso organismo.

O problema é que, quanto mais rica em carboidratos simples e açúcares nossa refeição for, mais rápido o corpo consegue transformá-la em glicose e, consequentemente, mais insulina é liberada. E se temos o costume de comer esses alimentos com muita frequência ou em excesso, é bem provável que você passe a apresentar os sintomas do pico de insulina.

Sintomas do pico de insulina: quais são?

O pico de insulina traz uma série de sintomas que afetam o corpo física e mentalmente, dentre eles:

• batimentos cardíacos acelerados e/ou fora do ritmo normal;
• fome repentina e em excesso;
• dificuldade para se concentrar e confusão mental;
• cansaço, tontura e, em casos extremos, desmaio;
• suor frio e sensação gelada nas pontas dos dedos;
• palidez excessiva;
• irritabilidade, ansiedade e até pânico;
• perda de controle das coordenações motoras.

O que acontece se houverem picos de insulina frequentes?

Além dos sintomas comuns de um episódio de pico de insulina, o corpo pode passar a sofrer consequências mais graves se esse problema se persistir ou ocorrer com muita frequência. Os principais perigos são:

Aumento de gordura e peso corporal

Assim que liberada no corpo, a insulina é “armazenada” por um período no fígado e nos músculos. Mas, como eles possuem uma capacidade baixa de armazenamento, o excesso desse hormônio acaba se convertendo em gordura — especialmente na região do abdome — que vai se acumulando e pode ser difícil de ser eliminada.

Leia também: 10 dicas sobre como perder gordura corporal

Desequilíbrio nas taxas hormonais

A manutenção dos níveis de estrogênio e testosterona também é outra função importante da insulina. Mas, para isso, ela deve estar em quantidades adequadas no organismo, e o seu pico pode afetar diretamente a contagem hormonal e diversos setores da vida, desde a saúde emocional à sexual e reprodutiva.

Resistência à insulina

Uma das principais consequências do pico de insulina é a resistência que o corpo acaba criando a ela. Acontece, basicamente, como um efeito rebote, onde o corpo produz e libera tanto desse hormônio que as células perdem a sensibilidade a ele e vão precisando de mais para permitirem que ele tenha uma ação eficiente.

O resultado disso é que as células não conseguem processar a glicose tão facilmente, causando um excesso dela no organismo e elevando os níveis de açúcar no sangue — o que, muito facilmente, pode levar a pessoa a desenvolver diabetes tipo 2.

O que causa o pico de insulina?

A dieta é o principal gatilho desse problema, sendo que os principais alimentos que causam pico de insulina são as fontes de carboidratos simples — açúcar refinado, doces, arroz e farinha de trigo brancos.

Além deles, comer mais do que o seu corpo precisa no momento também pode exigir mais do pâncreas e causar o episódio. Ah, e o sedentarismo também contribui, já que as atividades físicas exercem um papel fundamental no controle do índice glicêmico do sangue.

Como evitar o pico de insulina? 5 dicas práticas!

Para evitar o pico de insulina, é necessário investir em uma rotina com boa alimentação e muito movimento, já que o corpo precisa de ambos para se manter saudável e em perfeito equilíbrio. Separamos aqui 5 dicas valiosas e bem práticas para tornar isso possível no seu dia a dia:

1. Mantenha horários fixos para se alimentar

Nosso organismo é muito inteligente e, quando nos alimentamos nos mesmos horários todos os dias — de preferência, em intervalos não muito longos — o corpo se acostuma e aprende a liberar a glicose de forma que você só ficará sem na hora da próxima refeição.

Por isso, procure sempre ter café da manhã, almoço e jantar em horários bem definidos e, entre eles, coma algo leve para se manter sempre com energia. Frutas e castanhas são ótimas escolhas, já que possuem açúcares naturais e são ricos em fibras, além de vitaminas e minerais essenciais para a saúde.

2. Faça a escolha certa de alimentos

Como vimos agora pouco, a principal causa do pico de insulina é a alimentação rica em fontes de carboidratos simples, já que eles se convertem rapidamente em glicose no corpo. Por isso, na hora de montar seu prato, prefira fontes de açúcares complexos — batata-doce, feijões, mandioca, aveia — além de alimentos integrais, que são repletos de benefícios para a saúde.

3. Reduza o consumo de açúcar refinado

Paralelo ao aumento dos alimentos integrais e fontes de carboidratos complexos, uma boa dica para evitar o nível elevado de insulina no sangue é reduzir o açúcar refinado (branco) da dieta. Além de não conter nenhum tipo de nutriente e causar aumento da glicose no sangue, ele é um dos grandes causadores do ganho de peso, problemas cardiovasculares e diabetes.

Se você quer tirar esse produto da sua rotina, mas não sabe como, aproveite para conferir nossas 9 dicas para eliminar o açúcar da mesa de forma realista e sem se privar do que mais gosta!

4. Tenha uma rotina saudável de sono

Quando dormimos, o corpo libera substâncias essenciais para equilibrar os níveis de glicose no corpo e manter as células sensíveis à insulina. Por isso, procure ter sempre de 7-9 horas de sono por noite, pois menos que isso não permite que o organismo realize todas as reações químicas necessárias para se manter saudável e em equilíbrio.

5. Pratique exercícios físicos regularmente

Que os exercícios físicos são cheios de benefícios para a saúde, nós já sabemos, certo? Pois bem, uma das grandes vantagens de manter uma rotina diária de movimento é justamente poder controlar a glicemia, melhorando a sensibilidade do corpo à insulina — um ponto essencial para que ela não atinja picos exorbitantes no organismo.

Então, se você quer evitar esse problema, nada mais justo que buscar uma forma de se movimentar, nem que seja por um curto período ao dia. Lembre-se que não existe segredo ou poção mágica quando o assunto é saúde: o melhor é sempre comer bem, se movimentar e fazer o que te faz sentir leve e feliz.

Se você quiser dicas de atividades físicas para colocar o corpo em movimento logo na primeira hora do dia e manter os picos de insulina bem longe, aproveite para conferir nossas 6 dicas de exercícios para fazer de manhã.

Até a próxima!