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Tudo sobre seletividade alimentar: sinais e tratamento

8 Minutos de Leitura

A seletividade alimentar se caracteriza por ser um transtorno alimentar em que as crianças, geralmente na fase da pré-escola, se recusam a realizar a ingestão de determinados alimentos.

Essa seleção excessiva resulta na falta de nutrientes essenciais para o corpo humano — impactando em um crescimento forte e saudável dos pequenos. Muitas vezes, esse transtorno é associado a outras doenças, TDAH e autismo são alguns exemplos.

Neste post, você vai descobrir tudo sobre a seletividade alimentar: causas, sintomas, como tratar, além de compreender se ela está, realmente, associada a essas doenças. Confira!

O que causa a seletividade alimentar?

As causas que desencadeiam esse distúrbio são variadas. Desde uma rejeição ao gosto, ao cheiro e ao visual dos alimentos. Ainda, a rejeição pode ser desencadeada por situações mais graves, como traumas ocorridos por um engasgo, por exemplo.

Sem uma alimentação saudável para as crianças, o corpo deixa de receber os nutrientes necessários para um bom desenvolvimento corporal e mental dos pequenos. Além disso, elas ficam com menos energia para aproveitar uma das melhores fases da vida: a infância.

Quando começa a seletividade de alimentos?

Geralmente, os sinais começam a aparecer a partir dos 2 anos, mas não se resume apenas a essa idade. Se não diagnosticado corretamente, os sintomas podem se estender até a adolescência. Por isso, é importante identificar de forma assertiva e precoce o distúrbio para ocorrer a reversão do quadro.

Sinais para identificar o transtorno alimentar infantil?

Identificar a restrição de alimentos nas crianças não é uma tarefa muito difícil, tudo o que você precisa é prestar atenção nos hábitos alimentares do seu filho e, principalmente, reparar durante os momentos de refeição. Os sinais são os seguintes:

  • Pouca ou nenhuma vontade de comer;
  • Recusa em ingerir os alimentos;
  • Desinteresse em fazer a refeição;
  • Nega experimentar novas opções de alimentos.

Se você notar esses sinais, é importante procurar um profissional especializado para iniciar, o quanto antes, um tratamento para reverter o quadro¹.

Você também pode apostar em formas lúdicas de apresentar os alimentos para a criançada, inclua nessa lista os alimentos funcionais, como tomate, amora, maçã, cereja, melancia, leite e cereais.

5 formas de como tratar o distúrbio alimentar seletivo em crianças

Antes de tudo, é preciso que a criança tenha um diagnóstico feito por especialistas de medicina e, principalmente, de nutrição. A partir disso, com o especialista, é possível colocar em prática algumas adequações na rotina para tratar a seleção alimentar na fase infantil. Conheça algumas dicas para driblar esse transtorno:

1. Crie uma rotina

Inicie uma rotina mais saudável na sua casa, respeitando os horários estabelecidos para realizar as refeições. Isso ajuda toda a família, inclusive a criança, a se alimentar mais e melhor — além de evitar pular alguma alimentação.

Na hora de comer, sempre instigue a criança a experimentar novas opções de alimentos, mas sem forçá-la a comer. Ofereça água e também observe se ela está mastigando bem, isso evita engasgos e doenças metabólicas.

2. Respeite o tempo da criança

O tratamento do transtorno de seleção de alimentos é um processo que exige paciência dos pais e responsáveis. Afinal, os avanços ocorrem aos poucos, nada pode ser forçado. Se isso acontecer, há grande chance de a criança rejeitar ainda mais a comida.

Lembre-se que uma mudança de hábitos impacta também a criança. Por isso, ela precisa ser acolhida e sentir que seus limites estão sendo respeitados.

3. Não dê recompensas

No momento em que os pais desejam instigar a criança a comer, acaba sendo natural o uso de recursos apelativos. Um exemplo disso é a famosa frase: “Se você não comer tudo, não vai ter sobremesa”. Mas isso é prejudicial para os pequenos.

Quando situações como essa ocorrem, pode ser que a criança entenda que os doces de sobremesa são os melhores alimentos, já que são vendidos como espécie de prêmio para elas. Isso acaba por reforçar a seletividade alimentar.

Outro ponto é que o açúcar é muito prejudicial às crianças. O consumo exagerado de grandes porções de açúcar na infância pode fazer com que a criança desenvolva obesidade e hiperatividade.

4. Seja criativo

A criatividade pode ser explorada como um recurso para deixar a refeição familiar mais gostosa. A primeira coisa que precisamos compreender é que comida saudável não precisa ser sem graça e você pode mostrar isso ao seu filho.

Inove na hora de criar as receitas e, até mesmo, de servi-las. Aposte em lanches divertidos e saudáveis, evitando itens industrializados e trocando-os por opções ricas em vitaminas e minerais.

A decoração do prato deve ser especial. Abuse dos ingredientes coloridos para decorar. Alguns exemplos são tomate, cenoura, ovos, macarrão e pepino — faça das refeições um momento de divertimento para o seu filho!

5. Seja inspiração para a criança

As crianças seguem muitos exemplos, principalmente dos adultos que estão mais próximos a ela. Por isso, siga os horários de refeições estabelecidos e se alimente corretamente. Isso, com certeza, servirá de incentivo para que os pequenos sigam os seus bons hábitos.

E se você é adulto e deseja emagrecer, essa é uma boa hora para começar uma dieta focada na perda de calorias. Temos um post especial com 16 opções de lanches saudáveis para o café da manhã — não deixe de conferir!

Saiba se a seletividade de alimentos indica outras doenças

Quando falamos em seletividade alimentar, é muito comum associá-la com outras doenças, principalmente com autismo e TDAH, mas será que isso realmente é verdade? É isso que vamos descobrir agora!

Seletividade alimentar é um indício de autismo?

Uma criança ter seletividade alimentar não significa que ela também tenha autismo. Mas os dados da University of Massachusetts Medical School² demonstram que é, sim, muito comum crianças do espectro autista serem diagnosticadas com transtorno de seleção de alimentos.

Cerca de 67% das crianças com autismo possuem seletividade alimentar. Isso ocorre porque os pequenos com esse transtorno têm maior interferência de estímulos sensoriais. Por isso, ficam mais sensíveis ao gosto, à textura, ao sabor e ao cheiro dos alimentos. E, como comentamos anteriormente, isso é um dos fatores que levam à rejeição da comida.

Quem tem TDAH pode ter seletividade alimentar?

Sim, assim como o autismo, pessoas com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade possuem maior sensibilidade a estímulos sensoriais, o que pode levar à rejeição de alimentos. Mas destacamos que ter seletividade de alimentos não significa que a criança também tenha TDAH. Faz-se necessário uma consulta a especialistas para realizar um diagnóstico mais preciso.

Em todos os casos, é importante manter uma alimentação saudável para que o organismo dos pequenos consiga absorver vitaminas e minerais necessários para manter uma vida saudável.

Use a criatividade para criar receitas lúdicas e deliciosas usando alimentos integrais e frutas que sejam ricas em diferentes tipos de vitaminas.

O que dar para criança com seletividade alimentar?

Como já destacamos anteriormente, a seletividade alimentar infantil prejudica a ingestão de nutrientes essenciais para os pequenos. Isso impacta na saúde corporal, mas também no desenvolvimento cognitivo. Uma ótima alternativa para ajudar o corpo a suprir esses nutrientes são os multivitamínicos infantis.

Na hora de selecionar uma opção saudável para a criançada, opte por suplementos nutricionais seguros, com poucas calorias, ricos em vitamina A, zinco e carboidratos. É possível escolher produtos que sejam divertidos, existem ótimas opções de vitamina infantil em formato de goma — divertido e saudável.

Temos certeza de que essas informações fantásticas fizeram você descobrir tudo sobre a seletividade alimentar. Não deixe de continuar acompanhando os posts do blog da True Source. Até o próximo!

Referências:

¹SAMPAIO, A. B. de M. et al. Seletividade alimentar: uma abordagem nutricional. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 62, n. 2, jun. 2013. Acesso em: 4 ago. 2023.

² CERMAK, S. A.; CURTIN, C.; BANDINI, L. G. Food selectivity and sensory sensitivity in children with autism spectrum disorders. J Am Diet Assoc, v. 110, n. 2, p. 238-246, feb. 2010. Acesso em: 4 ago. 2023.

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Nutri Elaine

Elaine Henzel já atua na área da nutrição há mais de 14 anos. Começou sua carreira como técnica em Nutrição e Dietética, onde atuou na área na suplementação esportiva. Se formou em Nutrição em 2014 e logo buscou a sua especialização em Nutrição Clínica Funcional. É também Coach de Mindfulness e Mindful Eating. É pós graduanda em Nutrição comportamental e Psiquiatria Nutricional. Elaine trabalha muito com a área da saúde mental e neurociência.Como sempre foi apaixonada pela área da suplementação, pois acredita no grande potencial que um bom suplemento têm em melhorar a saúde e performance das pessoas, foi que ela chegou até a True Source. Para ela, trabalhar com a True Source é trabalhar com seu propósito de vida: o cuidar e tratar pessoas!

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